Apesar de algumas crianças estarem interagindo comigo durante todo o tempo, uma em especial me chamou a atenção: Jandira, uma garotinha autista de não mais que 5 anos. Ela se balançava ritmadamente quase que o tempo todo, seus olhinhos miravam em várias direções, às vezes emitia sons como de descontentamento, como se chorasse e depois voltava ao seu silêncio. Não fixava os olhos em ninguém, mas eu queria aquele olhar!

Imagino que assim como eu, diante da Jandira, Deus está diante da humanidade, fazendo de tudo para chamar nossa atenção para o Seu olhar. Ele quer que paremos de nos agitar de um lado para o outro e quer nos dar um rumo certo a seguir. Ele quer cessar o nosso pranto, quer nos acolher nos Seus braços, quer nos dar o Seu amor.
A minha garotinha quase não me olhou, mas me disse tudo em poucos segundinhos. Três olhares e um sorriso, foi o que recebi. Infelizmente não pude dar mais do que a retribuição a isso. O presente separado para ela permaneceu em cima da mesa, o abraço que estava preparado foi retido, mas o amor por ela, ah, esse eu senti e ainda sinto. E, quando ela quiser me olhar, receberei, quando quiser me abraçar, assim o farei. E, se me amar, minha alegria será ainda maior.
Se eu, que sou apenas um ser humano, desejei tanto o olhar de uma menina que nem conhecia, imagine o quanto Deus deseja o olhar firme e sincero daqueles a quem criou?
Está na hora de deixarmos de ser autistas para Deus. Precisamos sair desse mundo paralelo que nós criamos. Devemos parar de nos agitar em todas as direções e seguir as Suas veredas. Temos que pôr um fim em todas as distrações que não nos deixam fixar os olhos nEle. E, enfim, receber o abraço apertado que tanto quer nos dar.
Deus abençoe.
É tão simples tomar uma atitude. O difícil é dar o primeiro passo...
ResponderExcluirVamos pensar mais sobre isso. Será o tema da próxima postagem, ok? Beijinhos.
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