segunda-feira, 27 de junho de 2011

Você suportaria?

   Tenho um livro muito precioso chamado "Livro dos Mártires". Nele estão relatadas histórias de cristãos que foram torturados por não negarem a sua fé. Muitos foram queimados, outros mutilados, descerebrados, estupradas e uma série de outras atrocidades.
   Sou cristã e fico me perguntando: “Será que eu suportaria?”
   Medito nisso por horas seguidas. Quanto de dor eu consigo aguentar? Basta eu bater o pé para descobrir que suporto muito pouca dor. Mas a questão é: eu negaria a minha fé, o meu Deus, para me poupar do sofrimento? Seguramente a resposta é não. Jamais negaria o Senhor Jesus por uma simples razão: Eu O conheço.
   Há alguns anos atrás abandonei a fé. Vi a minha vida perder o sentido em plena adolescência, quando tudo parece tão inspirador.
   Quis a morte mais do que se deseja um copo de água em pleno deserto. Mas, em um momento de lucidez, lembrei-me do meu Deus.
   Voltei-me para Ele. Ele me aceitou. Mesmo depois de eu dizer que o odiava. Ele me quis!
   Como poderia negar Quem nunca me rejeitou?
   Vale lembrar que não sofri nenhuma espécie de tortura para negar a minha fé. E muitos dos cristãos atuais também abandonam a Deus por muito pouco: uma mágoa, uma paixão, uma amizade, vergonha, medo, orgulho, e por aí vai. No meu caso , foi porque queria dormir um pouco mais no domingo. Adormeci no sono da morte por longos dois anos.
   E exatamente por conhecer a misericórdia e o amor de Deus que digo: ainda que me desnudem e me exponham ao mundo, não haveria vergonha maior do que negar quem sempre me amou. Ainda que arrancassem todos os meus dentes, unhas e dedos, não há dor maior do que provocar a lágrima de Deus. Ainda que me trancafiassem sozinha por toda a minha vida e zombassem de mim todos os dias, o prazer de ter o meu Senhor por perto a tudo sobrepujaria. E ainda que me tirassem a vida, jamais roubariam a Vida que há em mim.
   E você? Suportaria?

domingo, 26 de junho de 2011

A coragem de Gideão

   Gideão é um personagem da Bíblia Sagrada e, se ainda não o conhece, pode ler a sua história no livro de Juízes, a partir do capítulo 6.
   Mas o que quero falar hoje é sobre a coragem de Gideão.
   Gideão não somente confiava em Deus, mas tinha firmeza em cumprir o que o Senhor lhe falava.
   Sem se importar com o que os outros iriam pensar, Gideão saiu da caverna e foi malhar o trigo no largar (lugar de pisar uvas). Muitos dos medrosos deveriam pensar ao vê-lo trabalhando: “Esse Gideão é doido mesmo, se expor sozinho, arriscar a vida para malhar o trigo e ainda no lagar? Só pode ser maluco.”
   O que muitos naquela época e hoje não entendem é que a fé vista pelos que não a tem é considerada loucura.
   Mesmo estando dentro de uma igreja há quem não tenha coragem para cumprir a voz de Deus dentro de si.
   Quando Gideão saiu da caverna ele não surpreendeu os povos estrangeiros, foram os seus irmãos, pais, amigos, aqueles que criam no mesmo Deus que ele os que se assustaram.
   Gideão teve coragem de desafiar o “senso comum”, o comodismo, o natural – inimigos silenciosos do cristão- e a sua fé foi imediatamente vista por Deus (que lhe enviou um anjo), pelo seu povo, e só posteriormente pelos que o afrontavam.
   Agir a fé é antes de tudo um ato de coragem. Coragem para ser como louco por todos, e coragem para desagradar a si próprio.
   Lembre-se sempre que toda grande jornada começa pelo primeiro passo.
   Forte abraço.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ser justo

   Sabe quando alguém fala "Hoje o certo é o errado e o errado é o certo"? Meu Deus do céu, isso me parte o coração. E muitas vezes parece ser tão verdadeiro. Quantas vezes sabemos que alguém é inocente e vemos ela pagar pelo erro do outro que é injustamente exaltado? O aluno que não participou em nada no trabalho escolar consegue uma nota maior do que aquele que deu o seu melhor? Ou aquele colega de trabalho totalmente incapaz é promovido enquanto que o profissional competente é colocado nas piores funções da empresa?
   A injustiça dói, e dói muito. E o desfio é: continuar sendo justo.
   Revoltar-se contra alguma das situações acima é normal, é próprio do ser humano. O difícil é manter-se sendo excelente no que faz, mesmo não sendo reconhecido por isso. Ser punido injustamente não nos dá o direito de fazermos algo errado. A injustiça não gera " créditos". "Já que levei a bronca, então agora eu vou fazer o errado", não, de forma nenhuma.
   Honroso é, mesmo não sendo reconhecido pelo seu trabalho, continuar dando o melhor.
   Eu, sinceramente, sou meio avessa à injustiça. Se olho para mim, para os meus objetivos, para o meu trabalho, para o meu caminho, o que importa se o outro recebeu o que não parecia merecer?!? Se você crê em Deus e vive em função da Sua vontade, vai entender mais facilmente o que digo, se não, deixe-me tentar explicar.
   Tudo o que nos ocorre é justo. Se somos maldosos, usurpadores, bajuladores, falsos ou hipócritas, ainda que recebamos alguma coisa proveniente dessa "esperteza", ainda sim, a perderemos, ou seremos infelizes.
   Se, por outro lado, procuramos fazer o que é correto, sem maltratar ninguém, dando o nosso melhor, mais cedo ou mais tarde a recompensa virá.
   A única dificuldade é manter-se justo diante de tantos erros, pois, infelizmente, as coisas parecem acontecer com mais rapidez para os que buscam os atalhos do mal.
   Então, fica a dica: Olhe para si. O que o outro faz ou deixa de fazer, recebe ou deixa de receber, pouco importa! O importante é ter plena certeza do bem que você está fazendo e da resposta que isso o trará. No linguajar poular: Cuide da sua vida e faça sempre o melhor que puder fazer.
   Abraço.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Casar ou não casar, eis a questão...

  Acho que no tempo dos meus avós essa pergunta até seria encarada como uma piada. O casamento estava inserido na vida de todo brasileiro (exceto os que faziam votos de castidade), a única pergunta era: quem será o meu parceiro?
   É... Mas hoje em dia isso mudou e muito e eu, sinceramente, não entendo o por quê.
   Ok, você pode expor todos aqueles velhos argumentos de que não existe mais fidelidade, responsabilidade com a família, dedicação, e etc. Mas aí é que está. Eu não entendo o por quê disso aí.
   Não sei quem foi o "inteligente" que inventou que casamento e liberdade não combinam. Casamento não tira a liberdade, só exige responsabilidade. Mas o emprego também exige e ainda não conheci uma pessoa na face da terra que recusasse um emprego com um bom salário. Engraçado, né? Pra ganhar dinheiro pode ter responsabilidade, pra ter os ganhos incomparáveis de uma família bem estruturada não? Não vejo lógica.
   E alguém por favor me explica porque a infidelidade parece ser o maior barato? Por que sair com alguém que não se conhece, conversar com um estranho, beijar quem não conhece o seu beijo ou deitar-se com quem não sabe suas preferências é melhor do que sair com quem ama a sua companhia, conversar com quem já entende até o seu silêncio, beijar quem te toca com carinho e deitar-se com que esperou o dia inteiro por aquele momento (e até se planejou para isso)?
   Um bom atleta sabe que o treinamento o faz cada vez melhor, um artista, um cientista, um palestrante, um professor, qualquer profissional sabe que a prática leva à perfeição. Com o casamento também é assim. Deve-se praticar o respeito, a paciência, o carinho, a cumplicidade, a dedicação... E como em todo trabalho, aliás, melhor do que em toda profissão, um casamento bem estrututado traz recompensas maravilhosas!
   Fico triste em ver que o valor hoje da maioria das pessoas está baseado em coisas tão bobas, diria até, estúpidas: com quantas pessoas ficou, quantas bebidas tomou antes de cair, quanto conseguiu trair antes de ser descoberto, quantos conseguiu " levar na corversa",quantas brigas venceu, quantas multas deixou de pagar subornando o guarda... e por aí vai... E o pior, é que estou falando dos que se auto intitulam "cidadãos de bem", os mesmos que reclamam de político corrupto, violência, imoralidade... Deixamos de querer dar exemplo e passamos a cobrar exemplos.
   Voltando ao casamento, creio que ele valha a pena, ciente, claro, que as obrigações como conjuge terão de ser cumpridas. Por isso mesmo é que a escolha de um parceiro é muito importante. Vai muito além de beleza ou conta bancária. É necessário que se conheça o caráter, os objetivos, os pensamentos. É preciso querer muito o bem da outra pessoa, pois depois de casado, será essa a sua principal função: fazê-lo feliz.
   Não se casa para ser feliz, mas para fazer o outro feliz. Se as pessoas largassem o egoísmo e entendessem isso, com certeza escolheriam sempre a opção do "casar".
   Forte abraço.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Conversando com Deus

   Uma das coisas mais aparentemente malucas que eu conheço é a fé. No último post terminei falando sobre a intimidade com Deus, a amizade com Ele.
   Bem, há quem pense que esse post atual já contradiza o nome do blog. A fé é encarada pela maioria como um sentimento incontido, irracional, movido pela crença contra todas as possibilidades reais... E pela fé, faz-se de tudo.
   Ok, antes que você ache que eu também penso assim, gostaria de informá-lo que não, enxergo a fé meio diferente... Fé e sentimento andam paralelamente e em sentido contrário, não se cruzam, não se esbarram, não vão pela mesma direção. Se eu preciso de um presentimento, de uma empolgação, de um entusiasmo para tomar alguma atitude, com certeza eu não preciso da minha fé.
   Vou dar o exemplo de um rapazinho que amo muito, meu irmão. Meu irmão tem uma fé enorme! Mesmo quando absolutamente nada estava a favor, ele continuava acreditando... Confesso que não sei se teria suportado sem a fé desse menino. Ele é 4 anos mais velho que eu. 4 anos! Mas mudou a minha vida.
   Antes de conhecer a fé em Deus, aprendi com o meu irmão a acreditar no impossível.
   O tempo passou, nós crescemos e tomamos rumos distintos. Ele alcançou o que sonhava e eu conquistei o que nunca sequer imaginei. Meu irmão aprendeu a lutar com todas as suas forças pelos seus objetivos, eu, aprendi a me lançar de corpo e alma nas mãos de Deus para que ele definisse o meu caminho. Eu entendi que se conversasse com Deus e mostrasse as minhas fraquezas, Ele me faria forte... Nunca vi o meu irmão orando... Ou rezando... Ou sei lá o que.
   Um dia, conversando com meu maninho, ele falou estar preocupado por não conseguir um emprego. Pela fé eu o disse que ainda naquela semana ele conseguiria o emprego sobre o qual me falou. Meu amigo, diante de Deus, eu fiquei meio estatelada ao desligar o telefone. Aí eu falei com Deus (daquele jeitinho simples, sem palavras bonitas, simplesmente sendo sincera): "Pai, é o meu irmão, que eu amo, e eu sei que o Senhor também ama, faz isso por mim, por ele e por amor ao Seu Nome. Que a minha vergonha seja a Sua vergonha, pois falei em Seu nome, pois não tenho condição de conseguir esse emprego para ele."
   Na mesma semana ele me ligou dizendo que conseguiu a vaga desejada.
   A fé em si mesmo nos dá força para lutarmos. A fé em Deus nos reanima quando, mesmo fazendo de tudo, a nossa capacidade nos deixa na mão.
   Conversar com Deus é conversar com Deus... rsrsrs... Assim, sem mistérios. Apenas crendo e recebendo dentro de si o gozo incomparável de saber que o Soberano do Universo nos ouve e responde.
   Beijinho a todos.

sábado, 4 de junho de 2011

Por que usar drogas???

   Estava assistindo a um jornal esportivo e vi a notícia de um boxeador que havia se internado para se livrar do vício de drogas (no caso dele, álcool e cocaína). Na reportagem foi mostrado todo o sucesso alcançado por ele, as suas conquistas, os seus amigos e etc. Então eu fiquei pensando: Por que usar drogas?
   Cresci ouvindo dizer que as drogas serviam como uma espécie de fuga da realidade, uma forma de se esconder dos problemas reais, da pobreza, da família mal estruturada... Mas e esse lutador? O que será que o fez apelar para isso?
   A verdade é que todo ser humano (ainda que não acredite nisso) é composto de corpo, alma e espírito. A parte que é satisfeita pelas alegrias, emoções e conquistas é a alma. O problema é que a alma é enorme, muito maior do que podemos imaginar, nela cabem a nossa família, os nossos amigos, o nosso parceiro, nosso trabalho, os hobbies... Muitas pessoas conseguem sucesso em várias áreas das suas vidas, mas mesmo assim recorrem a maneiras destrutivas de preencher o vazio que ainda há dentro de si. É o que convencionou-se a chamar "a busca pela felicidade".
   Infelizmente (ou felizmente), por mais que se tente, só há uma forma de preencher por completo o vazio da alma: apegando-se a Deus.
   Alguns ateus podem contestar dizendo que são felizes e completos, mas no fundo sabem que não são. Baseado em pessoas que conheci, creio que a maior alegria de um ateu é quando ele está tentando provar a inexistência de Deus. Ele se satisfaz mais quando fala do que diz não crer! É como se tentasse se convencer disso.
   Álcool, baladas, noitadas, orgias, drogas, são todas formas de tentar preencher o que só Deus pode suprir. E eu não estou falando de você se enfurnar numa igreja, ser um fanático, dizendo aos que não pensam como você que eles vão para o inferno e tal. Não! Estou te dizendo que é necessário que se tenha intimidade com Deus,como se tem com o melhor amigo. Sabe? Orar como se conversasse com alguém...
   Bem, depois continuamos com isso, o texto já está um pouco longo....

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Emocionalmente Racional?

   Quantas não foram as vezes que ouvimos "escute o seu coração", e tantas outras vezes escutamos "você está agindo pela emoção, pense melhor"... Existe razão emotiva? Emoção racional? A resposta é: SIM.
   A razão se torna emotiva quando o nosso coração "fala" mais alto que a nossa mente. Normalmente isso acontece com mais frequência quando ainda somos muito novos. Lembra quando ainda era adolescente? Quando para ser aceito pela turma valia de tudo? Não se pensava muito para agir naquela época, né verdade... Bem, se você é adolescente deve estar sentindo na pele essas emoções que insistem em mandar na sua cabeça... Rsrsrs... Seja forte... Vai passar.
   Ok, mas e quando a emoção se torna racional? Quando o que prevalece na tomada de uma decisão é a razão. "Será que devo ficar com o garoto que eu nem gosto só pra ser aprovada pela galera? Não, não vale a pena."; "Não, cara, prefiro não experimentar maconha, mesmo que você me enxergue como um mané." A emoção se torna racional quando se sujeita ao bom senso, aos ensinamentos dos pais (aqueles que ainda ensinam alguma coisa boa), à própria consciência, e por aí vai.
   Normalmente ser racional é mais difícil, mais complexo, e exige um certo "treinamento".
   Comecei esse blog para passar adiante o que aprendi, vivendo e ouvindo, acerca de razões e emoções.
   Se você está lendo isso, já me deixa muito feliz. Espero que permaneçamos juntos nesse cantinho. E vamos ver no que vai dar...